Notícia
04/09/2007
Brasil decide dizer 'não' ao padrão OpenXML
Padrão de documentos proposto pela Microsoft é rejeitado por comissão técnica brasileira. Companhia americana de software prefere não se manifestar.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) irá votar "não, com condicionantes" como sua posição oficial em relação ao padrão de documentos OpenXML, proposto pela empresa Microsoft. A informação foi divulgada em nota no dia 23/08.
Padrão de documentos proposto pela Microsoft é rejeitado por comissão técnica brasileira. Companhia americana de software prefere não se manifestar.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) irá votar "não, com condicionantes" como sua posição oficial em relação ao padrão de documentos OpenXML, proposto pela empresa Microsoft. A informação foi divulgada em nota no dia 23/08.
A posição governamental foi unânime e contou com o apoio do Assessor Especial do Presidente, Cézar Alvarez, e representantes dos ministérios da Defesa, Planejamento, Ciência e Tecnologia, Itamaraty, Casa Civil, Serpro e Desenvolvimento, segundo o assessor de parlamentar.
Um dia após a reunião com o governo federal, no dia 21 de agosto, a ABNT fez a última reunião de sua comissão técnica, que apresentou um relatório que identificou 63 problemas com o padrão OpenXML.
Entre eles, a não-compatibilidade com calendário gregoriano, falta de suporte à idiomas como chinês, japonês e coreano, e graves falhas de segurança, como dificuldades para trabalhar com senhas, e alto risco de contaminação por vírus de computador.
O fato de ter escolhido o voto "não, com condicionantes" significa que, caso sejam resolvidos os 63 problemas levantados pela equipe técnica, o Brasil poderia mudar seu voto, mas as pessoas envolvidas no processo acham essa possibilidade remota.
O IDEC, Instituto de Defesa do Consumidor, com sede em São Paulo, também havia pedido oficialmente para que a ABNT rejeitasse o padrão Open XML.
Segundo o IDEC, a defesa do consumidor passa pela defesa de padrões abertos que permitam a concorrência e que evitem o aprisionamento de usuários de tecnologia.
Procurada, a Microsoft informou, em nota, que "não pode se posicionar neste momento sobre a recém anunciada decisão da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A empresa ainda não tem detalhes sobre a decisão da entidade", disse ela.