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01/05/2010

Neste primeiro de maio o SINDPD-PR parabeniza todos os trabalhadores e trabalhadoras

Neste primeiro de maio o SINDPD-PR parabeniza todos os trabalhadores e trabalhadoras

O SINDPD-PR atua a vinte e quatro anos no Paraná e vem neste 1º de Maio homenagear todos trabalhadores e trabalhadoras que de alguma forma contribuíram e ajudaram a construir a história desse sindicato.O dia primeiro de maio foi escolhido como dia dos trabalhadores como uma forma de assinalar e de lembrar as muitas e difíceis lutas que marcaram a história do movimento sindical no mundo.

O dia é uma homenagem aos trabalhadores da cidade de Chicago que, em 1888, enfrentaram forte repressão policial por reivindicarem melhores condições de trabalho e especialmente, uma jornada de oito horas. Nesse episódio houve trabalhadores mortos e presos que, desde então, tornaram-se símbolos para todos os que desejavam se engajar na mesma luta.
No mesmo mês de maio de 1888, precisamente no dia 13 de maio, uma lei acabava com a escravidão no Brasil (o único a então possuir escravos). A defesa de condições mais humanas de trabalho começou a se desenhar no país, tendo que enfrentar a dura herança de um passado escravista que marcou profundamente toda a sociedade, nas suas formas de tratar e de pensar seus trabalhadores. E essa luta foi longa, difícil e ainda não terminou. O primeiro dia do mês de maio existe para isso: para ser tanto um dia de festa, pelo que se conseguiu, como de protesto, pelo que se deseja ainda conseguir, quer no Brasil, quer em qualquer outro país. No Brasil, alguns períodos são particularmente importantes para entender esse dia.
É possível observar que, já no início do século XX, os trabalhadores brasileiros passaram a assinalar o primeiro de maio com manifestações que ganhavam as ruas e faziam demandas. No Rio de Janeiro, então capital da República, esses fatos ocorreram, por exemplo, em 1906, pouco depois da realização de um I Congresso Operário, onde a presença de trabalhadores anarquistas foi muito importante. Em muitos outros anos, durante a chamada Primeira República, o primeiro de maio seria um momento de reivindicar e de demonstrar a força dos trabalhadores organizados em algumas cidades do país. Nessa época, as lideranças do movimento operário realizavam meetings e comícios para a propaganda de suas idéias e também organizavam boicotes e greves, enfrentando o patronato e a polícia. As principais reivindicações foram a jornada de oito horas de trabalho (quando se trabalhava de 10 a 12 horas por dia), a abolição do trabalho infantil (crianças de seis anos eram operários) e a proteção ao trabalho da mulher, entre as mais importantes. O primeiro de maio, ensinavam as lideranças, que não era dia de comemorar, mas de protestar e ganhar aliados. Um dia para se valorizar o trabalho e os trabalhadores tão sem direitos.
Uma das maiores manifestações de primeiro de maio ocorridas no Rio foi a de 1919, que uma militante anarquista, Elvira Boni, lembrou assim: "No primeiro de maio de 1919 foi organizado um grande comício na praça Mauá. Da praça Mauá o povo veio andando até o Monroe pela avenida Rio Branco, cantando o Hino dos Trabalhadores, A Internacional, Os filhos do Povo, esses hinos. Não tinha espaço para mais nada. Naquela época não havia microfone, então havia quatro oradores falando ao mesmo tempo em pontos diferentes." Manifestações desse tipo ainda ocorreram no início dos anos 1920, tendo como palco praças e ruas do centro do Rio e de outras cidades do país. Depois escassearam, encerrando uma experiência que, embora não muito bem sucedida em termos da conquista de reivindicações, foi fundamental para o movimento operário.
Dando um salto muito grande, um outro período em que o primeiro de maio ganhou relevo para a história do movimento sindical e para o país foi o dos últimos anos da década de 1970. O Brasil vivia, mais uma vez, sob um regime autoritário, mas o movimento sindical começava a recuperar sua capacidade de ação e de reivindicação. Grandes comícios então se realizaram, sobretudo em São Paulo, onde se protestava contra o "arrocho salarial" imposto aos trabalhadores, e se denunciava o regime militar. Essa era grande bandeira e projeto do movimento sindical: combater a ditadura militar e lutar por melhores salários e liberdade de negociação.
E o primeiro de maio hoje? Certamente, ao longo de mais de cem anos, é bom reconhecer que tantas lutas não foram em vão. Os trabalhadores de todo o mundo conquistaram uma série de direitos e em alguns países, tais direitos ganharam códigos de trabalho e também estão sancionados por Constituições. Mas os direitos do trabalho, como quaisquer outros direitos, podem avançar ou recuar com o passar do tempo e com as pressões de grupos sociais organizados. Assim, em 2010, os trabalhadores (as) brasileiros (as) estão vivendo um momento onde se discute a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem redução de salários; combate a terceirização e à precarização do trabalho, melhores salários e condições de trabalho para toda categoria, luta implacável contra o trabalho escravo. 
Também temos o que comemorar Senado aprova Convenção 151 da OIT agora só falta a sansão do Presidente para que a bandeira histórica Cutista passe a valer, a entrada em vigor da Convenção será o marco de uma mudança na cultura política e administrativa do Brasil, onde ainda prevalece em muitos estados e municípios a idéia de que governador ou prefeito têm poder absoluto e não devem satisfações ou atenção aos trabalhadores públicos, como se estes fossem meros serviçais de uma suposta grande eminência e é defendida pela CUT e Sindicatos desde 1983.
Neste dia 1º de maio de 2010 o SINDPD-PR deseja que todos trabalhadores e trabalhadoras reflitam, em outubro você vai escolher o Presidente da República, o Governador do Estado, o Senador e os deputados federais e estaduais. O momento é de reflexão. Chegou a hora de avaliarmos os mandatos e votarmos. Esse exercício deve priorizar a razão e a capacidade de o eleitor fazer uma análise profunda de suas necessidades coletivas.
A democracia não exige apenas a escolha, mas a ação consciente. Vamos discutir política sem a defesa de posições partidárias e preocupados com o fortalecimento de nossa democracia.


 

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