Notícia

10/07/2009

Negociação com o SERPRO não avança

A 6ª reunião de negociação com o SERPRO, nesta quinta-feira (09/07/2009), recaiu principalmente sobre a questão do reajuste salarial e dos trabalhadores PSEs.
Não houve avanços.

A 6ª reunião de negociação com o SERPRO, nesta quinta-feira (09/07/2009), recaiu principalmente sobre a questão do reajuste salarial e dos trabalhadores PSEs.
Não houve avanços.

ACT - Este ponto foi fortemente questionado pela representação dos trabalhadores - o ACT com vigência de dois anos.
“ACT de dois anos é pauta da empresa, não dos trabalhadores. Não aceitamos discutir isso e estamos referendados pelas assembléias. Queremos voltar a discutir e avançar na nossa pauta – ACT de um ano e reajuste de 16% - que foi construída em bases sólidas”.

O assessor econômico da subseção do Dieese, Sérgio Lisboa, fez colocações contrárias ao ACT com vigência de dois anos. Segundo ele, “dada a conjuntura, esse é um acordo muito perigoso – arriscado mesmo - para a classe trabalhadora”.

É preciso esclarecer que a proposta de 7,93% apresentada pela empresa, condicionada a um ACT com vigência de dois anos, não representa, de maneira nenhuma, uma “antecipação” de ganho real nos salários do trabalhador, pois a proposta deve ser analisada em toda sua amplitude, ou seja, num contexto de dois anos. Apesar de aparentemente a proposta nos seus primeiros meses representar um ganho “momentâneo” para o corpo dos trabalhadores, quando observado em seu contexto geral e levando em consideração a vigência da proposta, ela se mostra, na média, inferior à inflação do período de vigência do ACT.

Os trabalhadores do SERPRO demandam da empresa um reajuste salarial que recomponha o poder aquisitivo perdido em razão do aumento dos preços ocorrido nos últimos doze meses e que proporcione um aumento real nestes salários.

A representação ressaltou que uma empresa da importância e do porte do SERPRO tem condições suficientes para obter junto aos órgãos controladores uma proposta salarial digna para um ACT de um ano, principalmente porque apenas as empresas de TI estão trabalhando com a lógica de dois anos.

Até mesmo o índice de 7,93% apresentado pelo SERPRO demonstra claramente que existem condições financeiras e políticas para avançar na proposta para acordo de um ano. Portanto, não se compreende a insistência da empresa em reapresentar uma proposta já rejeitada pelo conjunto dos trabalhadores.

PSEs – Se por um lado o SERPRO orgulha-se do seu lema “Cidadania e Ação Social”, por outro, demite trabalhadores.

Isso ficou evidenciado no desabafo da trabalhadora do SERPRO (PSE) Maria Cecília Lira, até então lotada no Ministério da Fazenda, no Rio de Janeiro.

A trabalhadora, com mais de 23 anos de casa, sempre na condição de cedida (PSE), está sendo demitida. Ela e mais seis mulheres estão na mesma situação. “Das sete demitidas, eu sou a que tem menos tempo de casa. Há pessoas nesse grupo que estão prestes a se aposentar”, enfatizou.

A representação dos trabalhadores reforçou que em outras mesas de negociação o SERPRO afirmou que haveriam devoluções, mas não demissões. E o que se vê é justamente o contrário.

“Enquanto tentamos trazer os anistiados de volta, qualificar essas pessoas, o SERPRO vai na via inversa, demitindo. Isso é um contra-senso. A empresa alega que este é um caso pontual. Mas, aos poucos e disfarçadamente, está demitindo um grande contingente de trabalhadores”, destacou a representação.

Pauta - A representação dos trabalhadores apresentou na mesa de hoje outros pontos de pauta, como licença-paternidade, anistiados, gratificação por titularidade, PLR, promoção por tempo de serviço, ponto por exceção, entre outros.

A Coordenação Nacional de Campanha do SERPRO foi composta pelos diretores da FENADADOS Telma Maria de Castro Dantas, Edna Marli Oliveira, Francisco Ribeiro Araújo, e OLT Nacional (OLT-PR), Julio Cesar Justi, auxiliados pelo assessor econômico da subseção do Dieese Sérgio Lisboa.

Por fim, a representação dos trabalhadores destacou a importância da continuidade do processo negocial da campanha salarial, porém ressaltando que a próxima reunião só poderá ocorrer quando as demissões em curso forem revogadas e o SERPRO garantir avanço na proposta econômica para Acordo Coletivo de um ano.

Fonte: FENADADOS

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