NotíciaPasse o mouse sobre a foto para ampliar ou clique para ver um tamanho ainda maior

14/03/2017

Não a PEC 287

Não a PEC 287

A Previdência não é deficitária". Com essa afirmação, o coordenador de Relações Sindicais do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), José Silvestre Prado de Oliveira, criticou as medidas da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, que pretende alterar as regras referentes aos benefícios previdenciários no Brasil. Com o intuito de alertar sobre as medidas prejudiciais à classe operária, o especialista falou aos participantes no 2º Seminário de Pauta das Estatais Federais, realizado pela Feiitinf entre 6 e 8 de março.

Entre as mudanças propostas pela reforma, destacam-se o estabelecimento da idade mínima de 65 anos, o aumento do tempo de contribuição e a equiparação das regras de acesso à aposentadoria para homens e mulheres, bem como para os trabalhadores rurais e urbanos, públicos e privados.
Como política pública de proteção social, o papel da Previdência é garantir o amparo aos trabalhadores. "As pessoas têm que ter a garantia de que serão amparadas pelo sistema de Seguridade Social. A Previdência deve cumprir seu papel de política pública de proteção para a velhice", comenta José Silvestre Prado de Oliveira.

Equívoco

Mesmo com a diminuição na arrecadação - fator atribuído essencialmente à queda da atividade econômica, ao aumento do desemprego e da informalidade - a afirmação de que a Previdência é deficitária, defendida pelos idealizadores da PEC 287, é um equívoco. 

Estudos realizados pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP) apontam que a Seguridade Social é superavitária, e a Previdência faz parte de sua composição. Em 2014, a Seguridade apresentou superávit de quase R$ 56 bilhões. No ano seguinte, apesar da utilização da Desvinculação de Receitas da União (DRU), que retirou do sistema quase R$ 300 bilhões de 2010 a 2015, o superávit foi de R$ 11 bilhões.

Entre as justificativas que sustentam a Reforma, é dito que a Previdência é a maior despesa do Orçamento da União. Segundo o coordenador do DIEESE, a informação não é verdadeira. "A maior despesa do Orçamento da União são os juros. Mais de 40% é consumido com o pagamento de serviços da dívida. A Previdência, da maneira como o governo contabiliza, é a segunda", analisa.

União e luta

Manter a organização do movimento sindical ante às propostas que ameaçam a classe operária é parte essencial na defesa dos direitos. "É importante reforçar a necessidade de fazermos o enfrentamento e participarmos do debate sobre a Reforma da Previdência. É necessário defender as diretrizes que permitem a proteção dos trabalhadores, principalmente na velhice", corroborou José Silvestre de Oliveira.
No início do mês, a CSB publicou uma edição especial com análises a respeito das consequências da PEC 287. O jornal traz debates sobre os principais pontos da reforma, além de esmiuçar as mudanças do Projeto de Lei 6787, que pretende alterar as relações trabalhistas no Brasil.

Ver arquivo de notícias

  • Sindicato dos Trabalhadores em Informática & Tecnologia da Informação do Paraná
  • Rua Deputado Mário de Barros, 924 | Juvevê | CEP 80530 280 | Curitiba | Paraná
  • Horário de Atendimento | Segunda à Sexta | 09:00 às 12:00 | 14:00 às 18:00
  • Fone: 41 3254 8330 | Fax: 41 3254 8308 | Mapa do Endereço

1024x768 | Mozilla | IE7 | MSWI :: Soluções Web Inteligentes