Notícia

03/07/2008

Íntegra do discurso de Requião no Consad onde foi citada a CELEPAR

O mercado se manifesta através das bolsas, modificando quantias fantásticas com a velocidade da internet. O mercado desemprega milhões de pessoas em países, com uma única visão, a visão de lucro, a esta visão de mercado se contrapõe a visão de nação. A nação tem tempo, tem história, a história da construção de um país, a consolidação e a garantia de um território com o sangue de um povo.

O mercado se manifesta através das bolsas, modificando quantias fantásticas com a velocidade da internet. O mercado desemprega milhões de pessoas em países, com uma única visão, a visão de lucro, a esta visão de mercado se contrapõe a visão de nação. A nação tem tempo, tem história, a história da construção de um país, a consolidação e a garantia de um território com o sangue de um povo.
O mercado só pensa no lucro e a nação tem todo um processo cultural que, desaguando nas cidades, se transforma em um processo civilizatório. A nação tem o tempo passado da construção, tem o tempo presente e tem o tempo futuro. E, acima de tudo, a nação tem um compromisso de solidariedade, de amor com as pessoas. Já o mercado só pensa no lucro e no dinheiro.
Nesta visão de mercado, onde os valores nacionais desaparecem, surge a idéia do estado mínimo, da terceirização de tudo e na transformação do território nacional em um espaço de investimentos de grandes capitais e de bolsas.
O estado do Paraná, ancorado nesta visão clara de Brasil-Nação, tem tomado algumas providências. Na medida do possível, e muito foi possível, liquidamos a terceirização, a terceirização, por exemplo, de penitenciárias.
Pasmem os senhores, no Estados Unidos existem penitenciárias que tem ações nas bolsas. E nós sabemos por exemplo que o Pablo Escobar na Colômbia só foi abatido pelas forças de repressão ao narcotráfico americanas quando saiu de uma penitenciária onde era mantido preso e que era de sua propriedade, por mãos interpostas.
No Paraná, as penitenciárias são públicas. Nós assumimos a obrigação do estado de manter os presos e construímos nos últimos anos 11 penitenciarias subindo, por exemplo, a possibilidade de vagas para presos de 6.700 para 17 mil vagas. Recursos praticamente 100% do estado do Paraná.
Estabelecemos um processo de absoluta transparência com o software livre, software livre que nos proporcionou no primeiro dia de governo a possibilidade de cortamos R$ 450 milhões em contratos. E todos diziam: “Esses contratos serão resolvidos em juízo. O estado terá que indenizar as empresas que contrataram com o governo anterior”.
Não tivemos uma questão judicial, a imoralidade da questão de terceirização da informação era tão grande que ninguém se arriscou a ir a juízo, simplesmente desapareceram R$ 450 milhões de contratos. E a nossa empresa pública, a Celepar, assume de forma absoluta a informatização do Paraná.
Havia um contrato do nosso Departamento de Trânsito com uma empresa carioca, se não me engano chamava-se Mont Real, de R$ 140 milhões. Eu rompi o contrato, a Celepar assumiu. Assumiu como? Assumiu com quatro funcionários e nós não tivemos mais nenhum problema com o Departamento de Trânsito.
A outra questão é a questão da transparência. Se vocês se esforçarem um pouco, em um terminal de internet do hotel, vocês podem saber hoje quanto custa o sabonete que está na banheira, na sala de banho do gabinete do governador.
Nós temos todos os empenhos e todas as liquidações de empenho. Todas as concorrências públicas vão para a internet e vocês saberão o nome e o salário de todos os funcionários do estado do Paraná e disso não excluo o governador do estado.
Se o salário do Paraná é bom, ele deve ser tão bom que possa ser publicado. Se ele não pode ser publicado, é evidente que ele não pode ser assumido também e nos temos avançado nessas coisas de forma extraordinária.
Eu falei no Osama Bin Laden, citando esta lenda de Foz do Iguaçu, e eu gostaria de dizer a vocês um principio alcorão: “Só há um crime, um grande crime, um grande pecado, é o pecado contra a esperança do povo”.
Para manter viva a esperança, a possibilidade de acesso, de crescimento intelectual e salarial, nós criamos a Escola de Governo. Hoje no Paraná os funcionários públicos têm um processo continuado de formação em parceria com as universidades federais e estaduais. Nós estamos viabilizando graduações, pós-graduações e doutorados e uma formação continuada em cada setor da administração publica.Os planos de cargos e salários na visão do estado mínimo, há muito tempo abandonados, foram refeitos. Não do ponto de vista do corporativismo, que para mim não passa de uma manifestação coletiva do individualismo. Mas, nesse mecanismo, melhorias salariais correspondem a melhorias do desempenho do funcionário na máquina pública na ponta onde estão os usuários, os cidadãos contribuintes, os que pagam imposto e mantém o Estado.
Nesse sentido, sem a menor sombra de dúvida, as coisas andam bem no Paraná. Nós levantamos por exemplo o investimento em educação através de um emenda constitucional a 30%. Os nossos professores têm um programa de formação continuada que os libera da sala de aula por dois anos. No primeiro ano 100% do tempo, no segundo ano uma parte do tempo e eles voltam a freqüentar as universidades, porque nós dizíamos: De que vale um aumento salarial se a formação dos professores é muito ruim? A formação é ruim porque a estrutura de formação do Paraná e do Brasil ficou ruim quando se democratizou.
Nós estabelecemos no país um processo de inclusão monumental, de abertura do número fantástico de pessoas que freqüentam escolas e universidades, mas perdemos qualidade. Os nossos professores são tão bons do ponto de vista da sua inteligência quanto professores da Suíça, dos Estados Unidos, da Europa ou de qualquer país do mundo. A eles não foi dada oportunidade de freqüentar escolas com a qualidade necessária. Então hoje o estado do Paraná se debruça sobre a formação dos professores, dos funcionários e a Escola de Governo tem essa qualidade. Toda terça-feira.

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