Notícia

14/08/2007

Dataprev insiste na punição dos trabalhadores

Frustração. Este é o sentimento que toma conta dos trabalhadores da Dataprev a cada nova rodada de negociação de uma Campanha Salarial que a Empresa parece não querer encerrar. Vários meses de campanha e uma forte mobilização da categoria não foram suficientes, até agora, para a direção da Dataprev aprender a respeitar, não só com palavras, mas com atos, aquele que é o seu maior patrimônio: o seu corpo funcional.

Frustração. Este é o sentimento que toma conta dos trabalhadores da Dataprev a cada nova rodada de negociação de uma Campanha Salarial que a Empresa parece não querer encerrar. Vários meses de campanha e uma forte mobilização da categoria não foram suficientes, até agora, para a direção da Dataprev aprender a respeitar, não só com palavras, mas com atos, aquele que é o seu maior patrimônio: o seu corpo funcional.

Deixando passar em branco a chantagem da Dataprev em só reabrir negociação mediante o fim do movimento grevista, os trabalhadores deram mais um voto de confiança para a Empresa, decidiram voltar a negociar mesmo depois de terem deliberado pelo dissídio coletivo e receberam, em troca, nenhum avanço na proposta econômica e a insistência da Dataprev em penalizá-los por cada dia de mobilização realizado durante a campanha.
Eis a proposta da Empresa: descontar 60% dos dias parados em forma de Abono de Seis Dias, se preciso até 2009; e descontar 40% dos dias parados em pecúnia. Foram três dias de negociação (06, 07 e 08 de agosto) em que a Dataprev manteve-se irredutível em seu propósito de meter a mão no bolso dos trabalhadores. Em protesto e vendo que, definitivamente, não ia se avançar em nada, a representação dos trabalhadores retirou-se da reunião sem assinar a Ata.
O que a Dataprev deseja, após descontar três dias do contracheque dos trabalhadores no meio de um processo negocial e persistir no propósito de descontar os demais, é impor uma derrota histórica ao movimento, evitando novas greves e mobilizações durante um bom período de tempo. A questão maior é que quem mantém essa empresa de pé são os seus trabalhadores, e não os atuais dirigentes e a atual Comissão de Negociação.
Nas várias ameaças de desmonte – sendo a mais recente o famigerado projeto de reestruturação que conseguimos derrotar, ao menos parcialmente, no ano passado –, quem se põe a lutar são os mesmos trabalhadores e representações que a Dataprev hoje quer desmoralizar, com uma postura autoritária e contraditória em relação à postura do governo em outras negociações, como no Ibama, no Datasus, no Incra, no Ministério da Cultura e no Ministério da Educação. Outro exemplo é que nenhum desconto em dinheiro será praticado pelo Serpro, cuja negociação costuma seguir os mesmos parâmetros da Dataprev.
Quando os trabalhadores entram em greve, estão utilizando um instrumento legítimo para alcançar suas reivindicações e melhorar suas condições de trabalho. Não se trata, portanto, de um ato de irresponsabilidade, digno de punição, como em vários momentos a diretoria da Dataprev quer nos fazer crer. Aceitar essa penalização seria jogar fora toda uma história de luta dos trabalhadores que fizeram da Dataprev uma empresa de referência na prestação de serviços públicos de qualidade, e isso ninguém, em sã consciência, irá admitir.
Não bastasse uma data-base cujo mês é maio ainda não ter se resolvido em agosto, a Dataprev pediu mais tempo, embora deixasse clara sua intenção de manter a proposta de desconto. Para mostrar que continuamos apostando na negociação, uma última mesa ficou agendada para terça-feira, dia 14 de agosto, às 14h, embora na maioria dos estados os trabalhadores já tenham decidido pelo dissídio coletivo para resolver tal impasse, totalmente desnecessário. Não havendo acordo, as negociações serão dadas por encerrado e o processo de dissídio coletivo será instaurado imediatamente, dado que a documentação necessária já se encontra na Fenadados.

Fonte: FENADADOS

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