Notícia

11/02/2010

CUT BALANÇO POLÍTICO 2009

Com a chegada do final de ano, a CUT tradicionalmente faz a reflexão sobre sua atuação no período. O ano de 2009 foi marcado por intensas lutas e já iniciava com as grandes empresas, sobretudo as multinacionais, promovendo demissões em massa sob a justificativa da crise financeira internacional. Enquanto outras centrais aceitaram a redução de jornada com redução de salários, a CUT marcou posição e recusou qualquer retirada de direitos da classe trabalhadora. O resultado foi que a crise no Brasil não teve a intensidade que os ‘profetas capitalistas do apocalipse’ previam e a CUT acertou em sua posição de defesa intransigente dos trabalhadores. Porém, não foi apenas uma decisão da cúpula da Central que garantiu a vitória dos trabalhadores.

Para enfrentar os efeitos da crise, os sindicatos filiados e as instâncias estaduais da CUT tiveram que fazer muita luta. Foram várias atividade de enfrentamento ao projeto capitalista de demissões e diminuição de direitos. Os exemplos foram as jornadas nacionais promovidas pela CUT em parceria com as entidades dos movimentos sociais e as constantes greves nas transnacionais para defender os empregos. A palavra de ordem neste ano sempre foi “A Classe Trabalhadora Não Pagará Pela Crise”.
Além dos embates com o capital, o ano para a CUT foi marcado pelos congressos da entidade [CECUT – Estadual; e CONCUT – Nacional]. São momentos muito importantes para a militância cutista, pois são nos congressos que a Central analisa a conjuntura política local, nacional e internacional, define um plano de lutas para os próximos três anos e renova seus quadros diretivos. O CONCUT reelegeu o urbanitário Artur Henrique à presidência nacional da entidade. No CECUT também ocorreu reeleição. O petroleiro Roni Anderson Barbosa vai continuar à frente da CUT Paraná até 2012. Um fato importante no Congresso Estadual foi que pela primeira as correntes políticas chegaram a um consenso e a eleição para a nova direção ocorreu com chapa única.
Mal terminaram os congressos e os dirigentes cutistas encararam uma das maiores greves da história do Paraná. Cerca de 10 mil trabalhadores das obras e manutenção da Refinaria Presidente Getúlio Vargas [Repar/Petrobrás] e da Fosfértil paralisaram as atividades durante quase o mês inteiro de julho por melhores salários e condições de trabalho. A greve envolveu diretamente a CUT-PR e mais seis sindicatos filiados. No entanto, muitos outros sindicatos filiados ajudaram na mobilização e demonstraram na prática o verdadeiro significado de ‘União de Classe’. Ao final da greve, os trabalhadores conquistaram reajuste salarial de 10% e piso de R$ 726,00, ajuda de custo e cesta básica no valor total de R$ 150,00, tabela gradativa de folgas para os alojados visitarem a família, participação nos lucros e resultados de um salário, cesta natalina de R$ 100,00, adicional de periculosidade de 30%, garantia no emprego de 45 dias após o final da greve, seguro de vida e plano de saúde para todos, e pagamento integral dos dias parados. A luta mais uma vez comprovou ser o instrumento mais eficiente para a conquista de direitos
Exorcizado o fantasma da crise e definidas as direções e lutas da CUT para esta gestão, chega a hora de continuar a avançar com a agenda dos trabalhadores. O não tão distante horizonte traz como luta prioritária a aprovação no Congresso Nacional da PEC 231/95, que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas, sem diminuir salários, e ainda prevê o aumento do adicional da hora extra de 50% para 75% do valor da hora trabalhada. Mas ainda há um rol de lutas, como a campanha em defesa da soberania nacional sobre o petróleo, com um novo marco regulatório que garanta a utilização dos recursos para o resgate da dívida social do país, com investimento em habitação, saneamento, saúde, educação, entre outros. Também está nessa jornada o combate à precarização das relações de trabalho [terceirizações], a aprovação das convenções 151, que garante a negociação coletiva no serviço público, e a 158, sobre o fim das demissões imotivadas, da Organização Internacional do Trabalho.
Portanto, se 2009 foi um ano difícil em função da crise e da ofensiva capitalista, 2010 será o ano da CUT ampliar ainda mais suas mobilizações para garantir cada vez mais conquistas para os trabalhadores. Até hoje o único caminho que se provou eficiente para isso foi o da luta. E assim será!
 

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