21/03/2009

Entidades sindicais querem a suspensão das mudanças na GEAP

No último dia 17, entidades representativas dos Servidores Públicos Federais (FENADADOS, Sinagencias, CNTSS/CUT, CONDSEF e FASUBRA) reuniram-se com a Diretora Executiva da GEAP, Regina Parizi, e com a Presidente do Conselho Deliberativo da empresa (CONDEL), Vilma Ramos.

No último dia 17, entidades representativas dos Servidores Públicos Federais (FENADADOS, Sinagencias, CNTSS/CUT, CONDSEF e FASUBRA) reuniram-se com a Diretora Executiva da GEAP, Regina Parizi, e com a Presidente do Conselho Deliberativo da empresa (CONDEL), Vilma Ramos.

O objetivo foi levar até a GEAP as preocupações dos servidores com o anúncio de mudanças no plano assistencial e questionar pontos fundamentais para os trabalhadores. As entidades formularam uma pauta que englobou a suspensão imediata da decisão do CONDEL; extinção do pagamento da co-participação nos serviços oferecidos pela GEAP; assim como reivindicar a participação das entidades sindicais nacionais, em todas as reuniões do CONDEL e do CONSULTE.
Regina Parizi iniciou a reunião fazendo um diagnóstico da situação da GEAP. Apresentando os argumentos técnicos que serviram de base para a decisão do CONDEL que modificou a forma de cobrança das mensalidades dos usuários da GEAP, principalmente daqueles que em sua maioria integram o Geap Saúde, que antes pagavam 8% do salário (com um teto máximo de R$ 400,00), além da co-participação por diversos serviços utilizados pelo servidor. Após a decisão do CONDEL, estes servidores passarão a pagar R$ 115,00 por dependente.
A Diretora Executiva informou ainda que a GEAP tem um déficit muito alto e se alguma coisa não fosse feita poderia sofrer intervenção da ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar, como aconteceu, segundo ela, em vários outros planos de saúde, quando a Agência detectou seguidos déficits financeiros.
Vilma Ramos fez questão de lembrar que durantes três meses - de agosto a novembro do ano passado - foi realizado este debate com o CONDEL, e que, portanto, os servidores estavam informados deste assunto. Disse ainda que várias propostas foram analisadas até chegar-se à proposta aprovada.
As entidades sindicais discordaram, esclarecendo que não têm assento no CONDEL, que não houve divulgação do debate nas instâncias devidas e que os servidores foram os últimos a saber da alteração na forma de cobrança das mensalidades da GEAP.
As representantes do plano continuaram a discorrer sobre os problemas financeiros enfrentados pela Geap, entre eles, segundo elas, a inadimplência. Quanto a isso, os representantes sindicais mostraram que a inadimplência pode aumentar ainda mais, pois os futuros valores serão muito altos, somando-se a isso os valores da co-participação obrigatória nos serviços prestados pela GEAP, como consultas, exames, cirurgias, etc.

Os dirigentes afirmaram que a nova modalidade e os valores das mensalidades vão “expulsar” muitos servidores do Geap Saúde, o plano mais completo da Geap.

Neste sentido, as entidades reforçaram a necessidade suspensão imediata da decisão do CONDEL e da abertura de uma jornada de negociação. “Queremos encontrar alternativas que não esta, tão penalizadora para os servidores, impondo a eles a provável perda de um plano de saúde que passaram a vida inteira pagando”, disseram os representantes.
A diretora da FENANADOS Edna Marli acrescentou ainda que as entidades sindicais foram unânimes em defender a extinção do pagamento de co-participação pelos serviços oferecidos pela GEAP. “Com o aumento da mensalidade do plano podemos pensar em negociar o pagamento de uma taxa única, ao invés da co-participação. Outra medida é fazermos campanha junto às empresas no sentido de aumentar a per capita”, observou.

Fonte: FENADADOS