Dois jornais brasileiros de âmbito nacional publicaram, no início da semana, matérias sobre a ascensão de pessoas das classes mais baixas para a classe média. Segundo O Globo, só no ano passado, sete milhões de ascenderam socialmente, representando acréscimo de quase 8% na classe C e podendo ingressar insumos de R$ 31 bilhões na economia nacional.
As informações da reportagem do jornal carioca são do estudo feito pelo Instituto Target com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Também detectaram e confirmam a ascensão social ocorrida entre 2005 e 2006 a Fundação Getúlio Vargas (FGV) e o LatinPanel, ligado ao Ibope.
Especialistas das instituições explicaram que as políticas executadas pelo governo Lula foram determinantes para que o fenômeno fosse possível. Ações de incentivo ao emprego de carteira assinada, à recuperação dos salários com base na inflação do período e ao aumento de linhas de crédito contribuíram para ascensão desses brasileiros.
“Há um claro movimento de ascensão social. Os domicílios da classe D subiram na pirâmide. Compraram mais bens duráveis e, como na classificação leva-se em conta também a posse desses bens, houve o avanço para a classe média”, disse ao jornal o diretor da Target, Marcos Pazzini.
Datafolha
A Folha de S. Paulo divulgou números da pesquisa Datafolha, que analisou a evolução na pirâmide social de apenas brasileiros eleitores – acima de 16 anos – nos três anos sob a gestão do presidente Luis Inácio Lula da Silva.
Seis milhões de eleitores saíram das classes D e E a partir de 2003. A maior parte migrou para a classe C. O levantamento da Datafolha ainda mostra que 37% dos entrevistados passaram a consumir mais e 49% dos 125,9 milhões de eleitores acredita que sua situação econômica vai melhorar.
O jornal paulistano aponta o bom momento do cenário econômico e o investimento em programas sociais direcionados as camadas mais pobres como razões para a melhora no padrão de vida desses eleitores.
De 2002 a 2006, o total de eleitores na classe C aumentou de 32% para 40%, enquanto nas classes D e E diminuiu de 46% para 38%. A classe A variou de 20% para 22%.
Segundo análise da Folha na reportagem, o favoritismo de Lula – com 46% das intenções de voto, ainda de acordo com a Datafolha – deve-se a melhora da situação econômica dessas pessoas e suas expectativas positivas para o futuro. As maiores taxas de intenção de voto em Lula estão nas classes D/E (54%) e C (44%). Na A/B, as intenções são de 34%.
Com informações do Portal PT .
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