12/03/2012

Terceirização: trabalhadores são vítimas da precarização das relações de trabalho

Neste sábado (10/3), segundo dia da Plenária Nacional de Campanha Salarial 2012, os delegados e delegadas do Grupo de trabalho das Estaduais e Municipais assistiram a painel sobre terceirização. A palestra foi conduzida por Sérgio Godoy, assessor da Secretaria de Relações do Trabalho da CUT Nacional.

Segundo Godoy, trabalham como terceirizados pessoas mais vulneráveis socialmente, como mulheres, jovens, migrantes e imigrantes. “A terceirização não gera emprego, gera precarização.”, diz o assessor da CUT.
O terceirizado também está mais sujeito a lesões, acidentes, doenças e mortes. A cada 10 acidentes de trabalho, oito ocorre com prestadores de serviços. No setor Elétrico, a taxa de mortalidade de terceirizados foi de 47,5 enquanto dos diretos foi 14,8%. O dado é do Dieese (Rede Elétrica).
O terceirizado tem menos estabilidade e menor chance de crescer profissionalmente e aumentar a renda. Apesar de trabalhar mais, em média 43 horas semanais, a remuneração é menor. De acordo com a RAIS 2010, os empregados diretos trabalham cerca de 40 horas semanais. Esses trabalhadores ainda sofrem discriminação no ambiente de trabalho. “Eles são tratados como trabalhadores de segunda classe.”, denúncia Sérgio Godoy.
Para acabar com a precarização gerada pela terceirização, a CUT defende a proibição da terceirização da atividade-fim e acredita que é fundamental responsabilizar a contratante pelas obrigações trabalhistas. Além disso, a Central quer dar igualdade de direitos e condições de trabalho para os terceirizados e penalizar empresas infratoras.